Metamorfose ambulante

Pensamentos, opiniões, desabafos



Prostituta de luxo, linda, loira, blogueira e...PH.D em ciências.Esta é Brooke Magnanti, ou Belle de Jour (bela da tarde) como se apresenta em seu blog, que virou verdadeiro sucesso digital na Europa, onde narra suas aventuras sexuais como garota de programa. Suas historias lhe renderam livros e uma serie de televisão.




A historia de Brooke parece um dejavú, pois sua historia se parece muito com a de Bruna Surfistinha (raquel pacheco) blogueira, garota de programa e sucesso digital no Brasil. Mas há uma diferença entre elas: Brooke, inglesa e de 34 anos, possui um curriculo escolar e profissional como chamado de "nerd" ou "cdf", tendo trabalhado em empresas altamente respeitavéis e é PH.D em ciencias, dedica-se a pesquisa de cancêr infantil.Brooke é o que pode se chamar de paradoxo, se levarmos em conta o esteriotipo de que loira ou é burra ou é vulgar. Sua historia quebra este paradigma altamente preconceituoso.




Brooke utilizou o dinheiro de seus programas para pagar o seu PH.D, poiss como sabemos tem um custo altamente elevado.Quanto a Universidade que Brooke estuda...a apoia, pois afirmou que seu trabalho não interfere em nada em seus estudos...isso nos remete a outro caso brasileiro: Geise, a estudante que foi escurrassada da Universidade por usa um vestido rosa e curto.



Geise foi chamada de vagabunda, prostituta e outras coisas que não são relevantes a esse texto, enfim... seus colegs de universidade afirmaram que Geise é uma prostituta, pois viram um blog de pornografia com uma garota igual a Geise, que engraçado não é?...as pessoas que afirmaram isso certamente viram esses sites, e devem ter achado "divertido", mas pra ter uma pessoa que supostamente estava em um site pornografico, como sua colega de classe é simplesmente inaceitavél.Mais engraçado é este falso pudor de pessoas que vivem em um país que culturalmente endeusa "popozudas" "mulatas" e "fios dentais".




No minimo devemos olhar nosso proprio umbigo, e corrigir nossos erros, por que não seguir o exemplo da Universidade onde Brooke estuda? pois foi um belo exemplo de que somos diferentes, e se não é obrigação nossa aceitaqr, mas no minimo respeitar!


Auditório com muitas cadeiras vagas, personalidades importantes para o jornalismo debatendo e alguns rostos desanimados. Este foi o cenário em boa parte do tempo durante o III Simpósio de Comunicação Social, onde foi notória a pequena quantidade de alunos freqüentando o evento em relação ao numero de pessoas inscritas no curso e no Simpósio. A maior quantidade de publico deu-se no período vespertino, onde a programação era registrada como aula pelos professores, porém uma quantidade ainda maior de alunos era vista pelas dependências da Universidade, muitos deles esperavam apenas a lista de chamada para ir embora.Durante a noite poucos participavam dos debates e mesas redondas, mas as noites culturais estavam sempre cheias e muito animadas, contando sempre com a participação de muitos alunos.Alguns estudantes afirmaram que a obrigatoriedade e a programação pouco atrativa do Simposio foram os motivos de sua falta de participaçãoem debates, palestras e mesas redondas. O fato do simposio estar ou não interessante é relativo, pois os alunos que buscavam participar do Simposio de Comunicação afirmaram que os tema e os debates foram validos, pois refletiu sobre a atuação da midia sobre o tema Meio ambiente, que muitas vezes é desvalorizado ou esquecido.


Após um longo período desativado, o projeto cinema no Teatro retornou todas as segundas feiras no Teatro Ferreira Gullar com entrada franca, sobre a coordenação de Antonio Fabrício (produtor áudio visual) em convenio com a SART, parceria de funcionários do teatro e estudantes Jordana Fonseca e Larissa Ferraz.
O Projeto Cinema no Teatro foi implantado em 2001 pela fundação cultural, mas por questão de mudança de gestão, o projeto ficou paralisado. Retornou recentemente com uma nova gestão e novos colaboradores como a SART.
O Cinema no Teatro tem como objetivo democratizar e difundir em Imperatriz a cultura cinematográfica brasileira e as produções clássicas que estão fora do circuito comercial, ou seja, não estão em locadoras e não passam no cinema, mas que são importantes para a cultura audiovisual. O intuito do projeto é viabilizar para a população que tem pouco acesso, essas obras cinematográficas, inicialmente focando o publico estudantil secundarista e universitário e uma boa parcela da sociedade em geral.
O teatro Ferreira Gullar tem capacidade para 166 pessoas, porém a quantidade de frequentadores altera de acordo com o filme em cartaz, escolhido por temas mensais. A divulgação e a programação são feitas principalmente por ferramentas midíaticas da internet, como twitter, orkut e blog.
Um dos espectadores do Cinema no Teatro ressalta a importância do projeto para a cidade: “O Cinema no Teatro é importante para difundir a cultura cinematográfica em Imperatriz. Os filmes apresentados são mais interessantes pra quem já conhece esse tipo de filme, para as massas populares não são tão atrativos.”.
Projetos culturais como esse visa estimular as produções audiovisuais locais para que futuramente possam ser reconhecidas e exibidas tanto no Cinema no Teatro quanto nacionalmente.

A diversidade sexual sempre esteve presente em nossa sociedade, historiadores revelam que as praticas homossexuais são realmente muito antigas, há documentos egípcios de cerca de 500 anos antes de Abraão que comprovam a existência do homossexualismo. No Antigo Oriente esta prática era vista como uma abominação digna de pena de morte , ao contrário da Grécia Antiga, pois entre a elite era uma questão de status os homens terem amantes do mesmo sexo.

Apesar da antiguidade da pratica, o termo “homossexualismo” foi usado pela primeira vez em 1869, e deriva em parte do grego; homo significa “igual” e em parte do latim; sexus significa sexo. Assim, homossexualismo é a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo, porém o termo “homossexual” está atrelado ao degradante e ao desprezível. Com o passar do tempo sofreu mudanças em relação à visão da sociedade; de pecado mortal e sodomia gravíssima passou a ser vista como uma doença mental. Porém, de acordo com a psicóloga Lenise Santana Borges esse termo foi abolido.

Após rever estudos que argumentavam que a homossexualidade não se enquadrava nos critérios utilizados na categorização de doenças mentais, a APA (American Psychiatric Association) retirou a homossexualidade do seu “Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais” (DSM), em 1973, e foi seguida, vinte anos mais tarde, pela declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a homossexualidade não poderia mais ser considerada desvio ou transtorno sexual.
2. Homossexualismo: liberdade sexual vista como tendência nas Universidades

Com a comprovação que a homossexualidade não é uma doença mental, a sociedade moderna começou a defini-la como uma opção, porém é notório que o preconceito e as visões homofóbicas ainda são predominantes. No ambiente Universitário as diferentes visões sobre o assunto se chocam diariamente, onde a Universidade pode ser um local ideal para que os estudantes exponham suas idéias, vontades e opiniões. E muitos alunos (homo), (bi) sexuais sentem que esta fase é o momento propício para assumir sua preferência por ser um local onde as diferentes opiniões são razoavelmente respeitadas.

Porém isso não quer dizer que preconceito não exista, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em Imperatriz, as diversidades sexuais são geradores de polêmicas e generalizações um dos principais alvos dessa generalização é o curso de Comunicação Social, apontado como um curso tendencioso ao homossexualismo, em decorrência de uma porcentagem considerável de alunos do curso que possuem essa opção sexual.

Esta visão do curso de comunicação além de generalizada é preconceituosa, e de acordo com Renata Laudares Silva e Gisele Maria Schwartz são opiniões de valores pessoais causadas pelas interferências sociais que atribuem à diversidade sexual valores negativos sem uma fundamentação ou conhecimento sobre os aspectos do cotidiano. Portanto a atribuição ao curso de Comunicação Social como tendencioso deve ser analisada em seu contexto cultural.

O curso de Comunicação Social tem como um de seus fundamentos a liberdade de expressão, tanto pessoal quanto cultural, isto envolve a diversidade racial e sexual. Busca ensinar aos alunos o respeito a essas diversidades, pois como comunicólogos devem entender as grandes diferenças presentes tanto em nossa cidade quanto em todo o mundo. Estes preceitos incluídos em disciplinas do curso como Antropologia, filosofia dentre outras, pretendem ensinar aos futuros jornalistas que as opiniões não precisam ser aceitas, mas precisam ser respeitadas.

Estas ideologias criam no âmbito do curso uma esfera mais liberalista e abre espaço para que a diversidade sexual seja assumida com mais coragem, tendenciado a outros que também sentem essa liberdade, a assumir sua opção sexual, portanto o curso de comunicação não pode ser visto apenas como um curso tendencioso ao homossexualismo, pois não se trata de uma questão de personalidade, mas sim de cultura e liberdade que o curso propicia como afirma os teóricos Brodtmann e Kugelmann "... torna-se necessário compreender e avaliar um papel sexual, não como uma característica de personalidade, mas como expressão de uma cultura ”.

A esfera liberalista que o curso vem propiciando decorre do trabalho dos professores e profissionais do curso, que lutam para desconstruir as idéias preconceituosas e abrir a mente dos alunos, ou seja, apesar de ser visto como um curso de tendência homossexual há uma luta interna contra o preconceito e visões homofóbicas, pois essas visões e atribuições de valores negativos são as principais razões da inibição em assumir a diversidade sexual em determinado grupo ou circulo social, justificando uma porcentagem menor de homossexuais em outros cursos da UFMA, pois não se trata de uma questão de quantidade, mas de certa repressão.

Como afirma Renata Laudares e Gisele Schwartz “O ser humano, neste sentido, encontra-se frente a um dilema eterno de aceitar as normas da sociedade, tornam-se cúmplices dela, ou atender às necessidades de autorrealização,”. A diversidade sexual existe em qualquer sociedade, mas por medo da repressão, críticas e preconceitos, os homossexuais optam por não assumir perante um grupo social a sua opção sexual, e este grupo conclui que a diversidade sexual está pouco presente em seu meio. E como conclui ainda Renata Laudares e Gisele Schwartz, ”... a população analisada, não se sente vítima de qualquer tipo de preconceito ou discriminação, porém, deve-se levar em conta que a maior parte do grupo, não assume sua identidade sexual publicamente”.

Por aceitar a visão estereotipada imposta pela mídia, por meio de mecanismos psicológico-ideológicos de como se deve portar um homossexual um heterossexual ou um bissexual muitos estudantes da UFMA em Imperatriz julgam o curso de Comunicação social como o curso de “gays” e “lésbicas” e não associam que em seu próprio curso ou círculo social há essa mesma diversidade, porém reprimida por atribuição de valores impostos pela sociedade, mas como afirma o teórico Hoffman “... ao invés de considerar o homossexualismo uma tendência vergonhosa ou mesmo uma doença mental, a sociedade deveria encará-la como uma variação do impulso sexual.”.

Conclue-se que...

As práticas homossexuais, segundo historiadores são muito antigas. E desde então, a mesma, vem sendo caracterizada com denominações pejorativas, visões errôneas, ou seja, homofóbicas. E dentre um desses exemplos, como já ressaltamos no contexto desse estudo, podemos citar a estigmatização do curso de Comunicação Social na UFMA de Imperatriz, como tendencioso ao homossexualismo. Sendo assim, é um equívoco, pois não é uma questão de curso que irá dizer o que o aluno deve ser e seguir. E diante disso, equivale a dizer que, a opção sexual faz parte unicamente de um processo cultural de cada indivíduo e não é imposto como tendência nas Universidades.

Hyana Reis e Pamella Bandeira